Essa é a pergunta que define seu salário, o crescimento da sua empresa ou as promoções que você recebe. E, mais importante, o quanto respeitam o seu trabalho.
Não importa o seu prazer naquilo que faz, ou se você é o maior especialista do mundo em algo que o mercado não quer, não está disposto a comprar. Conheço pessoas que se gabam de ser únicas, ou as grandes conhecedoras de algo incrível… mas que não são valorizadas. Será que esse conhecimento tão especializado tem valor? Então, quanto vale?
Existem algumas hipóteses a serem pensadas:
1) Você está com o cliente ou chefe errado.
Se aquilo que você realmente faz é fundamental, agrega valor, mas as pessoas não percebem isso, seu cliente ou chefe não tem a percepção daquele valor no negócio ou na vida deles, é você quem tem que se mexer. Nesse caso, ou você consegue mostrar isso ao seu cliente / chefe, ou parta para o próximo… ficar anos no mesmo local esperando um reconhecimento que não virá não é saudável, e nem coerente. Avalie com cautela aquilo que realmente importa e tome uma decisão que faça sentido.
Busque empresas com a visão alinhada com aquilo que você acredita, e saiba com zelo escolher a empresa, chefe, posição. Os resultados virão no seu devido tempo.
2) Você agrega menos valor do que pensa.
Isso é muito comum com alguns profissionais de egos inflados e mentes vazias. O cara tem um ultra MBA ou doutorado, mas sequer sabe conversar com as pessoas ao seu redor. Ou, pior ainda, se acha muito superior aos colegas, já que apenas ele sabe tudo aquilo. No entanto, aquele valor incrível não se torna resultado tangível, não sendo capaz de comprovar que serve pra alguma coisa. Nesse caso, seus desafios não devem mais ser pautados por achar soluções, apenas, mas de interagir com pessoas e usar toda aquela sabedoria de maneira a criar valor.
Humildade, respeito e trabalho em equipe podem ser os passos fundamentais para o seu crescimento.
3) O seu diferencial é inútil.
Qual o valor de ser fluente em sânscrito? Ou de ser o maior expert das galáxias em comportamento das girafas durante a seca no Quênia? Nada, meu caro…
Nesses exemplos é muito fácil perceber isso, mas vemos constantemente no mercado pessoas se gabando de terem viajado vários países, terem sido reconhecidos como isso ou aquilo, tocar violão, ter um carrão ou por usar sempre roupas de marca cujo sapato e o cinto combinam.
Se não agrega valor real é apenas um hobby! E que bom! Ter hobbies é fundamental… eu tenho os meus também, mas sei que não servem pra nada no aspecto profissional, pois não me diferenciam e não vão me fazer criar valor para um cliente ou chefe.
4) Você está com pressa demais…
Problema muito comum aos millenials, ou à geração Y, os caras estão sempre com pressa. Foram contratados como analista júnior (parabéns), mas querem ser ouvidos, respeitados e ter a mesma liberdade de um gerente sênior… e, caso esse reconhecimento não venha rápido, é porque a empresa não te merece. Será? Vamos com calma… o brilhantismo de alguns jovens muda o mundo, mas a maioria das pessoas (e talvez você se encaixe nisso) crescem através das experiências e da construção passo a passo da carreira.
Pense onde você está hoje… você tem diferenciais reais para mostrar valor? Quais são? Como você pode deixá-los claros para o mercado sem ser arrogante? Se você tiver a liberdade de implantá-lo, terá sucesso?
Aproveite a cada novo ciclo para repensar a sua vida profissional. Saiba exatamente onde você é bom pra valer, onde faz o básico, e onde vai falhar. Fazendo isso, vai saber em quais desafios deve embarcar de cabeça, e terá uma noção mínima de onde esse caminho vai te levar!
Sucesso!