“Putz, me formei sem experiência. O que eu faço agora?”. Essa talvez tenha sido a frase que mais escuto nos últimos meses. Nesse artigo vou apresentar três, de várias outras soluções, para você que está nessa situação cada vez mais comum. A ideia é que você possa expandir a sua visão mercadológica e coloca-lá em prática.
O mais importante é entender o mercado e saber se situar para tomar sempre as melhores decisões.
A oferta de mão de obra de hoje supera a demanda do mercado. Só em 2016, infelizmente, mais de 450 mil profissionais do setor perderam oportunidades. Para complicar essa situação mais de 30 mil novos engenheiros civis se formam por ano no Brasil, sendo que atualmente existem cerca de 350 mil alunos.
A solução mais comum que todos poderiam dizer é:
“Você tem que se diferenciar e fazer novos cursos”.
Sim, essa é uma das soluções, mas deixarei ela para meu último comentário.
Logo, vamos a prática!
1ª SOLUÇÃO: ENTRANDO PELA JANELA.
Uma vez escutei a seguinte frase: “Se você não entrar pela porta da frente, pule a janela”.
E é exatamente essa a primeira solução que gostaria de comentar.
Não só de engenheiro vive uma construtora ou uma empresa de projetos.
E digo mais… Existem cargos extremamente importantes e estratégicos que não são ligados diretamente à engenharia, mesmo se tratando de uma construtora.
Cabe ao profissional ficar atento às oportunidade nas construtoras e entrar por essa “janela de oportunidade”.
Os pontos a serem ressaltados nessa jogada são:
- Pode ser que você cresça neste mesmo setor e tenha realmente aptidão para aquilo, ou;
- Que você acabe recebendo a oportunidade de se remanejar dentro de algum setor ligado a engenharia.
Nessa situação a minha dica é que 100% dessa possibilidade está ligada em sua proatividade.
Isso já acontece no mercado. Vejo clientes contratarem profissionais com formação de engenheiro e depois, já com a experiência adquirida, são relocados para atividades mais complexas.
Ta aí a primeira dica! “Deus fecha uma porta, mas abre uma janela”.
2ª SOLUÇÃO – ATUAÇÃO NA CADEIA PRODUTIVA
Atuação em setores de apoio (cadeia produtiva) da engenharia.
A realidade é que as construtoras por exemplo, hoje são, em sua maioria, empresas que trabalham por demanda e atuam muito mais como Gerenciadoras do que especificamente como construtoras.
O risco em manter uma equipe, em uma construtora é alto logo, as construtoras enxugaram seu corpo técnico e acabam atuando somente por demanda. Só ficam alguns setores muito estratégicos ou profissionais estratégicos.
O segredo então é recorrer para os serviços de apoio.
Mas o que são os serviços de apoio da cadeia produtiva?
Estou falando de empreiteiros de mão de obra, fornecedores de material básico para engenharia, tais como: Concreto, aço, forma, lojas de materiais de construção, esquadrias, gesso/forro e instalações, entre outros.
Muitos profissionais acham que Engenheiro Civil ou fazem projeto ou atuam em construtoras. Ledo engano!
Em mercados mais experientes e saturados como os da Europa e EUA, os profissionais de engenharia atuam em campo, como técnicos na operação e também atuam em todas as empresas que fazem parte da cadeia produtiva do setor.
Contudo, abra mais a mente e comece a buscar estes mercados que fazem da CADEIA PRODUTIVA do nosso setor de engenharia.
3ª SOLUÇÃO – ESPECIALIZAÇÃO ESTRATÉGICA
Essa parece lógica, mas ainda assim as pessoas comentem erros!
Se trata da especialização estratégica.
Onde está o erro e porque estratégica?
O erro mais comum que acontece, é o profissional se graduar e buscar algum tipo de especialização, sem montar uma estratégia, e depois voltar para o mesmo mercado de oceanos vermelhos dos engenheiros sem oportunidade.
Por isso falo especialização estratégica.
O Engenheiro, dentro da engenharia civil, tem aproximadamente 13 grandes áreas de atuação. E dentro de cada área existem sub áreas.
O que compete ao profissional é fazer exatamente o que as grandes corporações fazem todo ano:
Montar um planejamento estratégico. Que nesse caso se trata da carreira e ascensão profissional.
Não basta fazer uma somente uma especialização em estruturas se no seu local de atuação, já existem bastantes. Não basta fazer uma especialização em segurança do trabalho, se no mercado em que você está, não há mercado para tal. Tem que pensar na sua carreira de forma estratégica, para o curto, médio e longo prazo.
Para isso, digo que existem duas estratégias macro!
Especializar em um mercado de oceanos azuis na engenharia ou entrar cada vez mais no detalhe do nicho de mercado que você atuar.
Contudo, sempre pense nisso.
Ficou com mais dúvidas? Me mande um e-mail para batermos um papo!
Veja também nosso artigo sobre Construção Civil – A Industria 2.0 (flex)