Nos últimos 10 anos, o mercado da construção civil veio se transformando radicalmente por conta da redução de custos, no quadro de funcionários, transformação dos modelos de comunicação, metodologias de engenharia, visão de negócio, fluxos e uma série de desafios que momentos de crise (comuns ao setor) impõem.
Também pela vivência profissional, é possível observar que as gerações mais novas dos profissionais das grandes empresas sofreram, com estas mudanças, uma situação não menos sutil: a perda de profissionais mais seniores – com mais experiência de mercado e de gerações mais velhas.
Este fenômeno por si só já revela que os desafios não estão apenas nos números. Eles são a espinha dorsal do mercado, na medida em que também são produzidos por pessoas. A reinvenção também é parte do DNA de um engenheiro. A oportunidade de receber o conhecimento de uma maneira adquirida por pessoas experientes.
E por outro lado, pequenas e médias empresas emergem e vão se solidificando. O modelo de negócio da construção civil se transforma junto com a tecnologia e a qualificação das pessoas. A taxa de novos empreendedores anualmente também é um dos indicadores que expõem estas flutuações.
É claro que os desafios com a credibilidade no mercado; e na relação das empresas com o mercado e o mercado com as empresas ainda vai apresentar muitos desafios.
Em um contexto mais regionalizado ou macro, o processo de evoluir o mercado de construção civil nacional e melhorar a qualidade dos serviços será lento, contínuo, como a maturação dos mercados ‘mais sólidos’ têm.
Daniel Paglia